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Por que você deveria usar git pull --rebase em vez do git pull padrão

Publicado 13 de outubro de 2025

Imagem de capa do post: Por que você deveria usar git pull --rebase em vez do git pull padrão

Se você trabalha com Git diariamente, está provavelmente familiarizado com o comando git pull. É a maneira mais comum de atualizar seu branch local com as alterações mais recentes do repositório remoto. Mas você sabia que existe uma maneira mais limpa e profissional de fazer isso? Vamos explorar por que git pull --rebase deveria ser seu comando padrão.

O problema com

Quando você executa um git pull simples, o Git, na verdade, executa dois comandos em sequência:

1. git fetch - baixa as alterações do repositório remoto
2. git merge - mescla essas alterações com seu branch local

O problema na etapa de merge. Cada vez que você faz um git pull, o Git cria um merge commit adicional. Veja o que acontece:

Image


Esses commits de merge poluem seu histórico com informações desnecessárias. Eles não representam uma nova funcionalidade ou correção de bug - são apenas artefatos do processo de sincronização.

A solução:

Quando você usa git pull --rebase, o Git faz algo diferente:

1. git fetch - mesma etapa inicial
2. git rebase - em vez de merge, ele "reaplica" seus commits sobre o branch atualizado

O resultado é muito mais limpo:

Image

Seus commits são reposicionados no topo do branch atualizado, criando um histórico linear e fácil de seguir.

Vantagens do rebase

1. Histórico mais limpo e legível

Sem commits de merge desnecessários, você pode visualizar a história do projeto de maneira mais clara. Isso é especialmente valioso quando você precisa:

- Investigar quando um bug foi introduzido (git bisect)
- Reverter commits específicos
- Entender a evolução do código

2. Facilita code reviews

Em pull requests, um histórico linear é mais fácil de revisar. Os revisores podem focar nas alterações específicas do desenvolvimento, sem se distrair com merges de sincronização.

3. Resolução de conflitos mais granular

Com o rebase, os conflitos são resolvidos commit por commit, em vez de todos de uma vez. Isso permite soluções mais precisas e mantém cada commit funcional.

4. Profissionalismo

Times que adotam `git pull --rebase` demonstram preocupação com a qualidade do histórico. É uma prática comum em projetos open-source e empresas tech de ponta.

Quando NÃO usar rebase

Apesar das vantagens, há situações onde o rebase não é recomendado:

- Commits já compartilhados publicamente: Nunca faça rebase de commits que já foram push para o repositório compartilhado
- Branches de longa duração: Em branches que existem há semanas/meses, merges tradicionais podem ser mais apropriados

Configurando como padrão

Você pode configurar o Git para usar rebase por padrão:

1# Para todos os branches no repositório atual
2git config pull.rebase true
3
4# Globalmente para todos seus repositórios
5git config --global pull.rebase true
6
7# Para branches específicos
8git config branch.[nome-do-branch].rebase true
9

Boas práticas ao usar rebase

1. Faça commit frequentemente: Commits pequenos e focados facilitam o rebase
2. Teste após o rebase: Sempre verifique se tudo funciona após reorganizar commits
3. Comunique-se com o time: Certifique-se que todos entendam o workflow
4. Use git pull --rebase=interactive: para revisar e ajustar commits durante o rebase

Conclusão

Usar git pull --rebase é uma mudança simples que traz benefícios significativos para a qualidade do seu histórico de código. Embora requeira um pouco de prática inicial, rapidamente se torna natural e você dificilmente vai querer voltar ao método tradicional.

Lembre-se: um histórico limpo não é apenas questão de estética - é uma ferramenta poderosa para debugging, manutenção e colaboração eficiente.

  • Never* use git pull - Philomatics
  • git rebase - Why, When & How to fix conflicts - Philomatics

Tabela de Conteúdos

  • O problema com git pull padrão
  • A solução: git pull --rebase
  • Vantagens do rebase
  • Quando NÃO usar rebase
  • Configurando como padrão
  • Boas práticas ao usar rebase
  • Conclusão